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MAR
18
18 MAR 2025
EDUCAÇÃO
Estudantes pintam muro de escola e homenageiam mulheres que promoveram transformações sociais
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Nas atividades do mês da mulher, os estudantes do 6º ao 9º ano da Escola Municipal Heitor Villa-Lobos, na região Riacho, em conjunto com o Coletivo Negráfrica, fizeram a pintura do muro da escola a partir de um projeto que busca valorizar mulheres negras de Minas Gerais, chamado ‘Herança Viva: mulheres negras em Minas Gerais’. O mural representou cinco mulheres mineiras que realizaram alguma mobilização e transformação social. São elas: Conceição Evaristo (escritora), Maria Carolina de Jesus (escritora), Júnia Bertolino (dançarina), Carmelinda Maria da Silva (da Comunidade Quilombola dos Arturos) e Erika Januza (atriz de Contagem).

A pintura do muro teve a participação de cerca de 300 estudantes, do turno da manhã, em parceria com as professoras de artes da escola. Nas aulas de artes, os estudantes vêm trabalhando as biografias das personalidades representadas no mural e fazendo uma releitura em cima dos rostos das mulheres. 
De acordo com a diretora Lilian Verçosa, a pintura reforça o protagonismo dos jovens e a relação entre a arte e as atividades pedagógicas da escola. “Quando fomos procurados pelo Coletivo Negráfrica, para realizar a pintura, ficamos muito felizes. É o mês que estamos falando sobre a importância das mulheres na nossa sociedade, então, a iniciativa culminou com o projeto que já temos na escola, favorecendo o envolvimento dos estudantes”, explicou.

A artista visual e integrante do Coletivo Negráfrica, Daiely Gonçalves, moradora de Contagem, afirmou que era um desejo do grupo realizar essa pintura, reforçando a luta de mulheres negras. “A gente trouxe uma representação de retrato dessas mulheres, junto com frases que foram ditas ou que fazem parte do trabalho delas, para ajudar a entender o contexto de luta e o que elas representam”.
 

 
Fotos: Fernando  Perdigão

Para Daiely, a participação dos estudantes é importante para trazer a reflexão quanto ao papel das mulheres na sociedade. “É uma forma dos estudantes refletirem sobre as mulheres que estão ao redor deles. Espero que elas não sejam vistas apenas nesse lugar do cuidado, do ‘maternar’. É uma construção coletiva, uma experimentação, de como eles (estudantes) vão lidar com a rua, com o muro, com a tinta, fazer com que aquilo seja parte deles. Eles também fizeram, então, tem um pouco deles dentro desse lugar”, destacou.

A representação é uma forma de incentivo para meninas e mulheres locais, tendo em vista que a escola é reconhecida como um espaço sociocultural que reflete as ações da sociedade, um lugar onde as mulheres passam a se identificar e se reconhecer em histórias, culturas e novos aprendizados para que assim construam a sua própria identidade.

Jovens Artistas

A professora de Arte, Dulcinara Resende, abraçou o projeto dentro e fora da sala de aula. “Muito importante sair da sala de aula, quebrar essa barreira, a conquista do espaço urbano, a importância de retratar uma mulher influente, é um trabalho muito positivo”.

Os estudantes também aprovaram a atividade fora de sala e o incentivo à criatividade e participação, como Lucas Silva, estudante do 9º ano. “Foi uma atividade bem legal, pois além de representar as mulheres negras, também tira a gente da rotina da sala de aula, com mais espaço para a nossa criatividade”.

As estudantes Luiza Albano e Geovana Almeida, do 9º ano, também aprovaram a iniciativa. “Acho que é a coisa mais legal que já fiz na minha vida, nunca tinha pintado uma parede e foi muito legal a experiência”, disse Luiza. “Meu sonho é ser artista. Esse projeto é muito bacana, proporcionou experiência muito interessante”, completou Geovana.

Coletivo Negráfrica

O coletivo atua, desde 2019, entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. O coletivo vem construindo, pela experimentação, eventos e produções autorais, uma discussão a respeito da ocupação das mulheres negras e de minorias racializadas na sociedade. Além de publicações independentes, o coletivo participou da residência artística "The Latino Cultural Arts Center", executou o projeto de artistas emergentes pela Lei Aldir Blanc e atuou na área da educação com projetos como LaB+.

O Projeto ‘Herança Viva: mulheres negras em Minas Gerais’, foi contemplado no edital Movimenta Arte Urbana da Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Cultura. Os artistas que participaram do projeto na E.M. Heitor Villa-Lobos foram: Daiely Gonçalves, Jessica Goes, Mayara e Marcelle Smith, JadeZila e Ana Elisa.


 
Autor: jornalista Fernando Dutra / Edição Carol Cunha
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